Para comemorar a data, a fábrica da Indaiatuba onde é fabricado o Corolla, vai utilizar os recursos para modernizar a linha de produção e ganhar flexibilidade para produzir um novo modelo
Indaiatuba – SP
A Toyota do Brasil reuniu funcionários, autoridades e à imprensa nesta sexta-feira, 28 de setembro, para comemorar os 20 anos de operação de sua fábrica localizada em Indaiatuba, no interior do Estado de São Paulo.
Esta unidade marcou um importante passo para o crescimento da marca no país, onde a empresa, até então, produzia somente o utilitário Bandeirante na fábrica de São Bernardo do Campo, também no Estado de São Paulo.
Com o enorme sucesso de vendas do Corolla no país, a fábrica de Indaiatuba opera a plena capacidade em dois turnos fora as horas extras, para atender ao mercado interno, Argentina e Uruguai.
De acordo com Steve St. Angelo, CEO da Toyota South America & Caribe, o objetivo da empresa é de que a fábrica de Indaiatuba passe a atender a outros mercados na América do Sul e a região do Caribe, atualmente abastecidos pela Toyota dos EUA.
Ainda de acordo com executivo, para aumentar a produção do Corolla no Brasil, a unidade de Indaiatuba necessita de uma nova cabine de pintura, a ser construída no futuro.
Neste valor de R$ 1,0 bilhão (recursos vindos do Japão) a serem aplicados nos próximos 18 meses, a fábrica de Indaiatuba será modernizada para os próximos 5 anos e também ganhará flexibilidade para a produção de um segundo modelo no futuro. Questionado qual poderia ser este modelo, St. Angelo disse que não pode divulgar os lançamentos futuros da empresa, mas tudo indica que o pode ser o híbrido Prius, ou um novo SUV.
Em 2015, o Toyota Prius vendia no Brasil em média, 20 carros/mês, sendo que em 2018, as vendas saltaram para 250 unidades/mês, após um grande esforço da empresa.
Há duas semanas o secretário do Ministério do Desenvolvimento, Igor Calvet e Steve St. Angelo assinaram na sede da Toyota do Japão, um documento sobre este investimento em que o governo brasileiro reconhece o aporte de R$ 1,0 bilhão como sendo feito dentro das diretrizes do Rota 2030, estabelecendo uma proposta para agilizar os estudos de novas tecnologias, como a híbrida utilizando o etanol brasileiro produzido através da cana-de-açúcar.
St. Angelo afirmou categoricamente que o investimento não engloba o aumento da capacidade da fábrica de Indaiatuba, a ser realizada no futuro.
Em 2017, a fábrica de Indaiatuba bateu seu recorde de produção atingindo 84.375 unidades, com o auxílio das horas extras, já que a capacidade da unidade é de 74.000 Corollas/ano. Em 2018, apesar da crise econômica e da alta do dólar, a fábrica do Corolla continua operando a plena capacidade.
Steve St. Angelo disse que a Toyota não gosta de trabalhar em 3 turnos em suas fábricas, pois os equipamentos necessitam de manutenção e no Japão, existe a filosofia de que as máquinas também precisam descansar, mas a fábrica de Sorocaba onde é produzido o Yaris e o Etios, vai passar a operar em 3 turnos, a partir de outubro.
No discurso frente a funcionários, autoridades, imprensa e convidados, a empresa solicitou a colaboração dos sindicatos para que todos possam caminhar no mesmo rumo, demonstrando estar enfrentando algum tipo de dificuldade com a entidade.
A fábrica do Corolla em Indaiatuba teve início em 1998, utilizando processo de produção CKD com investimento de US$ 150 milhões e já produziu mais de 1,2 milhão de unidades em quatro gerações de modelos.
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