Concerto cênico apresenta um trailer da segunda “ópera cinemática” que Jocy de Oliveira começa a filmar no segundo semestre baseado no romance de Adriana Lisboa.
Concerto cênico Realejo de vida e morte dias 1, 2, 3 de julho – Sesc Pompeia.
No Sudeste brasileiro, há uma cidade que vai desaparecendo sob o mar. Em Atafona, belo recanto de São João da Barra, RJ, o cenário é apocalíptico: edifícios lentamente adernam e escorregam para o oceano, qual barcaças abandonadas.
Essa foi a inspiração de Jocy de Oliveira para a sua nova obra – Realejo de vida e morte. Nos dias 1°, 2 e 3 de julho, Jocy e seu Ensemble fazem uma prévia dessa “ópera cinemática”, como ela define, no Sesc Pompeia, em São Paulo.
A princípio, o concerto multimídia é o ponto de partida do trabalho em progresso. Nesse sentido, o roteiro é baseado no livro ainda inédito da romancista Adriana Lisboa, por sua vez inspirado na obra de Jocy de Oliveira e sua peça homônima – Realejo dos mundos.
É como um círculo que se fecha e se alimenta: em seu livro, Adriana Lisboa narra, em linguagem poética, a influência da música e das criações de Jocy na sua formação. Jocy criou seu roteiro em uma livre adaptação do livro de Adriana.
Além disso, as vozes de Adriana e Jocy narram, comentam, se confundem. O trabalho consolida o mergulho numa multimidialidade nos moldes do primeiro e premiado longa-metragem de Jocy – Liquid Voices.
No espetáculo, são trazidos flashes da história: imagens, sons e palavras extraídos do roteiro do futuro filme Realejo de vida e morte. Trechos em vídeo apresentam a escritora lendo trechos do romance, além de imagens que ilustram e “cenografam” a espinha dorsal da história: um homem e uma mulher estão confinados em um refúgio isolado. Lá fora, o mundo parece estar em uma silenciosa pós-hecatombe. “É um planeta abandonado. Se a destruição é ambiental, política, por repressão, guerras, pandemias… não importa”, diz Jocy. “Nessa realidade, o consumo é escasso e a vida é simples: resume-se em suas memórias, seus fantasmas, os sonhos da juventude repletos de arte, música, teatro. De liberdade”.
Sobre Jocy de Oliveira
Compositora, artista multimídia, autora, pianista, Jocy é uma das mais importantes artistas da música contemporânea no Brasil.
Compôs e dirigiu suas 9 óperas, apresentadas em diversos países. Gravou 25 discos no Brasil, Inglaterra, EUA, Alemanha e Itália. Escreveu cinco livros, ganhou um Jabuti e em 2019 lançou a primeira ópera escrita para o cinema (Liquid Voices). Militantes do feminismo e da preservação do meio ambiente, respeitada no mundo da Música e das Arte Cênicas.
Elenco:
Gabriela Geluda – soprano/atriz.
Savio Faschet – contratenor/ator.
Doriana Mendes – soprano /atriz
Laiana Oliveira – soprano.
Claudia Alvarenga- soprano.
Luciana Costa e Silva – meio soprano.
Participação da romancista Adriana Lisboa e de Jocy de Oliveira em vídeo.
Ensemble Jocy de Oliveira:
Peter Schuback – violoncelo.
João Senna – viola.
Paulo Passos- clarineta e clarone.
Jorge Postel-Pavisic – oboé.
Aloysio Neves – guitarra elétrica.
Tatiana Dumas Macedo- piano.
Siri – percussão.
Joaquim Abreu – percussão.
Difusão – José Augusto Mannis.
Coordenação de cena – Jefferson Miranda
Cenografia – Doris Rollemberg.
Figurinos – acervo Jocy de Oliveira.
Direção de movimento – Doriana Mendes.
Produção – Spectra Produções.
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