Conquistas no campo econômico e diplomático desestimulam a China a colocar tudo a perder.

Risco de guerra entre China e EUA diminui.

Nos últimos 40 dias, as tensões entre a China e Taiwan, e entre a Coreia do Norte e o Japão, preocuparam bastante as pessoas que acompanham a política internacional.

A visita da presidente de Taiwan aos EUA, no dia 19 de abril, teve como resposta uma simulação da China em invadir a quem ela chama de “província rebelde” com um grande exercício militar.

Nesse sentido, os EUA enviaram a região um destroyer norte-americano a região para sinalizar aos chineses de que não ficarão inertes em caso de invasão de Taiwan.

Por outro lado, a Coreia do Norte realizou um teste bem sucedido com um novo míssil impulsionado com combustível sólido, o que a coloca em um patamar superior em ataque nuclear.

O míssil caiu na região próxima a ilha de Hokkaido (norte do Japão) sendo que o governo chegou a evacuar a região, tamanha a gravidade do episódio.

China

Na primeira quinzena de março, a China conquistou uma grande vitória diplomáticas, tendo intermediado a retorno das relações entre Irã e Arábia Saudita, notícia pouco divulgada no Brasil.

Trata-se de um fato extremamente relevante internacionalmente tendo deixado a diplomacia norte-americana surpresa com o acordo entre dois inimigos históricos.

Além disso, a China e a Arábia saudita, acordaram não utilizar o dólar norte-americano na compra de petróleo, utilizando suas respectivas moedas.

Este acordo de não utilizar mais o dólar em transações comerciais também foi fechado com a Rússia e o Brasil, representando outra grande vitória econômica e diplomática para a China.

A curto, médio e a longo prazo, este acordo irá fortalecer a moeda chinesa, e; em menor grau ao dos países que aceitaram o acordo pois não terão mais que comprar o dólar norte-americano.

China e os EUA disputam nova ordem econômica mundial.

Economia

Nesse sentido, a tendência é a de que a  moeda norte-americana irá se desvalorizar no médio prazo, pois haverá menor procura pela moeda em transações internacionais.

Além disso, a China deve ultrapassar o PIB dos EUA até 2030, de acordo com projeções dos próprios economistas norte-americanos.

Guerra

Dessa forma, com estas conquistas a China poderá (ou não) optar por engolir o incômodo da independência de Taiwan em troca de continuar seu avanço econômico e militar, antes de enfrentar os EUA.

Caso a China opte pela invasão de Taiwan, ela teria de enfrentar um boicote econômico dos EUA e seus aliados (Inglaterra, França, Alemanha, Japão, Canadá, Austrália, entre outros) e poderia perder as conquistas recentes.

Portanto, é de bom senso que a segunda maior economia do planeta opte por continuar avançando diplomática e economicamente, ao invés de entrar em uma guerra com a maior potência militar do planeta.

Risco de guerra entre China e EUA diminui.

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