Toyota Prius: O carro hí­brido mais vendido do planeta ganha espaço no Brasil

Preço de R$ 126.600,00 torna possível a aquisição do modelo para uma parte da classe média.

Sete airbags fazem parte dos recursos de segurança.

AMAURI TERUO YAMAZAKI – SP

Testamos a última geração do Toyota Prius nas ruas e avenidas de São Paulo. De cara, as pessoas olham com atenção e curiosidade, o design futurista do modelo, e não conseguem ouvir o barulho do motor, já que boa parte do trajeto o Prius funciona apenas com a bateria como se fosse um carro elétrico.

Em São Paulo o Toyota Prius ficou conhecido por estar sendo utilizado por alguns taxistas principalmente na região da Avenida Paulista na zona oeste e na Avenida Luiz Carlos Berrini na zona sul.

O carro híbrido já é uma realidade nos EUA e no Japão, principalmente nos modelos mais caros, mas no Brasil, praticamente somente a Toyota e a Ford, oferecem o automóvel híbrido a pronta entrega para venda aos consumidores.

As duas montadoras afirmam estar vendendo os modelos híbridos sem lucro (e até com grande prejuízo) para poder oferecer esta tecnologia aos consumidores brasileiros. O carro híbrido funciona boa parte do trajeto somente com a bateria, o que diminui a poluição e o consumo do combustível, sendo muito benéfico para a preservação do meio ambiente, além de ser muito silencioso, evitando a poluição sonora.

Demais marcas como Mercedes e Porsche, trazem o carro híbrido somente por encomenda, pois ele costuma ser de 15 a 20% mais caro que o modelo movido somente a gasolina.

Para ligar o carro é necessário apertar um botão e o Prius dá a partida. Sem nenhum ruído ele começa a andar com o funcionamento do motor elétrico até chegar ao redor dos 40 km/h. A partir daí, o motor 1.8 VVT-i a gasolina de 98 cv e 14,2 kgfm passa a trabalhar em conjunto com o motor elétrico e automaticamente.

A bateria e o motor a combustão se revezam dependo da solicitação do acelerador e do modo de condução selecionado pelo motorista através de um botão no console.

Quando o motor a combustão está em funcionamento ele carrega automaticamente a bateria.

Como o Prius é silencioso muita gente acha que ele está desligado.

Na maioria dos restaurantes os manobristas tem dificuldade de sair com o carro, pois não ouvem o motor a combustão funcionar, mas o carro já está ligado e pode andar.

No modo Eco e no Normal, as respostas são suaves, mas não lentas. Selecionando o botão Power o carro fica mais ágil e o comportamento ainda mais dinâmico. A potência entre os dois motores (elétrico e a combustão) totaliza 123 cv. O torque instantâneo do motor elétrico e a eficiência do câmbio CVT tornam o Prius um carro agradável de dirigir.

O sistema de frenagem regenerativa (na freada a bateria é recarregada) beneficia a autonomia do Prius, que em nosso teste chegou a uma média de 18,0 km/l na cidade de São Paulo.

No interior o console tem dois níveis e um design futurista, contando com ar-condicionado digital de duas zonas, sistema de aquecimento dos bancos e um suporte para o carregamento do celular sem fio, para os aparelhos que possuem esta tecnologia.

Destaque também para a central multimídia com tela sensível ao toque de sete polegadas com câmera de ré, GPS  e TV digital (depois que se acostuma com a tv digital é difícil ficar sem ela, embora ela só exiba as imagens com o freio de mão acionado).

Um head-up display projeta as informações de velocidade e autonomia no pára-brisa em frente ao motorista. O Prius também é equipado com sete airbags e sensor de chuva, além de faróis e lanterna traseira de led. O espaço é outro ponto forte do carro, que cresceu 6 cm no comprimento e 1,5 cm na largura.

Com 2,70 metros de entre-eixos, os passageiros do banco traseiro viajam com conforto. Já o porta-malas tem capacidade para 412 litros.

Andar com o Prius é um prazer, pois o carro é silencioso, econômico, moderno e atende perfeitamente uma família. É uma satisfação verificar que no trânsito pesado da cidade de São Paulo, quando o carro está parado nos faróis ou engarrafamentos, o automóvel está funcionando somente com a bateria, fazendo com que o motor a combustão esteja desligado, evitando o aumento da poluição, o desperdício de combustível e o aquecimento do carro.

Com o preço competitivo que a Toyota colocou no novo Prius, parte da classe média já pode adquirir o carro, que custa quase o mesmo preço de um Honda Civic Touring, mas com um consumo médio de 18, km por litro na cidade, contra um consumo médio de 10,0 km por litro da maioria dos sedans médios vendidos no Brasil.

FICHA TÉCNICA